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Avenida Pedro Taques é um shopping a céu aberto

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Egídio Aparecido Fávaro, dono da mercearia há 37 anos (Foto: Isabela Soares

Egídio Aparecido Fávaro, dono da mercearia há 37 anos
(Foto: Isabela Soares)

É na Avenida Pedro Taques, principalmente nos arredores da Praça Farroupilha, no Jardim Alvorada, região norte de Maringá, que está o que hoje passou a ser considerado pelos moradores do bairro como um “shopping ao céu aberto”. Com uma variedade de lojas à disposição,  independentes do centro da cidade, a população do Alvorada encontra de tudo ali: confecção, calçados, móveis, papelarias, além de bancos, mercados e muito mais. Mas nem sempre foi assim. Ainda é possível encontrar comerciantes que chegaram ali há quase 40 anos, quando o bairro nem sabia o que era concorrência. Hoje, apesar do grande número de estabelecimentos, continuam firmes, mantendo o comércio à moda antiga.

Egídio Aparecido Fávaro, de 63 anos, chegou ao Alvorada em 1978. Ele conta que a avenida era apenas barro e que havia poucas lojas quando ele comprou o “boteco”, que hoje é a Mercearia Fávaro. Com a venda de produtos que só se encontram ali, mercadorias antigas, como rolo de fumo e café moído na hora, muitos clientes afirmam ir até lá porque tudo o que procuram, encontram na mercearia. “No começo, o povo era mais simples, hoje está difícil. Você precisa caprichar muito, você enfrenta concorrência, os mercados têm muita propaganda. Mas a gente tem jogo de cintura para vencer”, diz Fávaro.

Temos pessoas que faz 30 anos que são nossos clientes, passam de pai para filho

Dercílho Constantino, de 59 anos, abriu a loja de vestuário na Avenida Pedro Taques em 1985. Dois anos depois, a Lojas Alvorada, ganhou o prêmio de melhor loja de bairro de todo o Noroeste do Paraná. O comerciante começou com uma pequena loja na Pedro Taques e hoje tem mais três unidades em Maringá, duas em shoppings de atacado e uma em Sarandi (Região Metropolitana de Maringá). Ele conta que bate a concorrência no Alvorada, porque tem crediário próprio, que começou com poucos clientes e hoje já são 30 mil cadastros. “Temos pessoas que faz 30 anos que são clientes nossos. Vai passando de pai para filho, é uma loja que vai atendendo a todos. Hoje tem filhos e até netos dos clientes quem vêm comprar aqui.”

Há 19 anos no bairro, Lucineide Colete, de 43 anos, diz que só vai para o centro da cidade quando realmente não tem como resolver por ali. “Eu não preciso me deslocar daqui até o centro, porque a maioria das coisas que  preciso tem aqui. O comércio aqui está cada vez mais se expandindo.”


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